Miedo

Medo, um sentimento inexplicavel, nunca o entendi muito bem, temos medo de morrer, de pagar micos, de ser feliz, temos medo até de viver. Porque agimos dessa forma? Esse medo bateu em minha porta, até hoje não o compreendo.



18 de julho de 2009



Não estava muito bem de saúde, estava trocando sms com a minha ex-namorada, senti uma tontura, mas pensei que fosse o sono, quando olhei meus dedos, as unhas estavam roxas e os dedos brancos, fui andando em direção ao sofá a tontura ia aumentando, cheguei proximo ao sófa e cai com tudo, entrei em desespero, tentei manter, só tentei, era envão.



Chamei a minha irmã mais nova a unica que estava em casa. estava desesperado, ela ligou para o meu vo, que mora a uns 15 minutos da minha casa, e eu gritava por socorro, as minhas unhas cada vez mais roxas, Naquela hora eu descobri o medo, não esse medo que temos, mas sim o verdadeiro medo, um medo próximo, um medo que te domina.



Depois disso lembro de partes, lembro que tive muita dificuldade para andar até o carro, muita dificuldade para sentar na cadeira de rodas. Aliás como é ruim a sensação de estar em um cadeira de rodas. Lembro que sempre era o primeiro a ser atendido. Depois lembro do soro pingando, que tinha muita dificuldade para respirar.



Só um detalhe que eu esqueci de dar, eu fui para um hospital publico, funciona da seguinte forma, a prioriradade de atendimento é dividida por cores, amarelo era Prioridade e vermelho prioridade maxima, risco eminente de morte, verde e azul casos sem tanta prioridade, no atendimento me deram a cor vermelha.



Não sabia o que se passava comigo, Não conseguia andar, não conseguia nem coçar o rosto, pois eu errava, não conseguia chegar com a minha mão no meu rosto. Naquele momento pensei que não ia sair mais do hospital, eu era carregado de um lado para o outro, todo mundo ia me visitar, fiquei muito preocupado.



Se eu acredita-se em Deus diria que foi um milagre, mas como sou ateu... Tive alta, quando o enfermeiro veio tirar o meu acesso venoso, ele disse "Aproveita bem a sua segunda vida, pq pouco tem essa chance" disse tambem algo de ter sequelas não voutar a andar ou coisa do tipo, não me recordo.



Quando cheguei em casa eu tinha muita muita dificuldade para andar, lembrei do que o enfermeiro disse, Nesse dia eu não durmi, no outro tambem, e assim foi por 4 dias, até que me rendi ao sono.



O medo é um sentimento banal, escrevi isso claro que com um propósito, esse propósito não é me vangloriar de estar vivo, penso as vezes que seria melhor ter morrido.



Nós temos medo, de tantas coisas bizarras, e como exemplo, depois que passei por isso, o meu medo de andar sozinho de madrugada, o meu medo de errar, não é nada, eu lembro o que é o verdadeiro medo, lembro o que é temer.



As vezes temos medo de coisas tão fúteis, por conta do medo, deixamos de viver, de sorrir, pelo medo de errar, e por conta do medo não acertamos. Deixe o medo de lado, por mais que seja difícil, e se você achar que tem um montro de baixo da cama, roube o lugar dele e passe a dormir de baixo da cama, VOCÊ É CAPAZ